A Dinamarca é conhecida por ser uma das nações com as pessoas mais felizes do mundo, por ser a terra do vikings, por ter uma das monarquias mais antigas do mundo, por ser o local onde nasceu Hans Christian Andersen e seus contos de fada. A cultura e a cozinha nórdica também são outros bons motivos para visitar esse país. Eu viajei para a Dinamarca e passei 3 dias em Copenhague, a capital do país. Como era finalzinho de novembro, o inverno estava quase começando e todo mundo sabe que faz muito frio aqui. Mas por outro lado, as feirinhas de natal já estão a todo vapor, então apesar do frio deu pra aproveitar bastante.
Pegamos o avião em uma manhã fria e nublada de quinta-feira em Londres. Estávamos eu, minha irmã e meu amigo do trabalho, Glaudes. Em pouco menos de 2 horas de voo, chegamos no Aeroporto de Copenhague (CPH), onde nós nos encontramos com um outro amigo nosso, o Martin, que estava vindo da Alemanha. De lá, pegamos um trem até o centro, onde já tínhamos reservado um hostel na Indre By ou Inner City, a área mais central da cidade.
A nossa ideia para essa viagem era conhecer alguns dos principais pontos turísticos, mas principalmente, caminhar sem pressa e sem compromisso pela cidade. Até por esse motivo, nem fizemos pesquisa e nem criamos um roteiro antes de viajar para Copenhague. O que fizemos logo ao chegar no hostel foi fazer o check-in, deixar as malas, pegar um mapa de bolso e ir bater perna pela cidade. Confira logo abaixo quais foram os locais que eu conheci nesses 3 dias em Copenhague.
Nesse artigo você vai encontrar:
1. Sobre Copenhague
2. Roteiro » Dia 1
3. Roteiro » Dia 2
4. Roteiro » Dia 3
5. Restaurantes em Copenhague
6. Hospedagem em Copenhague
7. Informações adicionais
1. Sobre Copenhague
A Dinamarca é um país que compõe a Escadinávia, juntamente com a Noruega e a Suécia. A maior parte do país se encontra na Península Jutlândia, essa é a única parte do país que se conecta com o continente europeu. Porém a Dinamarca possui outras 443 ilhas, das quais 76 são habitadas.
Com mais de 1000 anos de história, Copenhague é a capital mais visitada da Escandinávia, atraindo milhões de visitantes todos os anos. Ela não fica na península Jutlândia e sim em uma das maiores ilhas do país, a Ilha Zelândia. Copenhague é uma metrópole com diversas opções culturais, de compras e vida noturna agitada, mas ainda assim pequena o bastante sendo muito segura e fácil de se explorar a pé.
O nome original dinamarquês significava “porto dos mercadores” por ser localizada em um ponto bem estratégico do continente europeu, a cidade foi se desenvolvendo ao redor do porto. Um sistema de canais separa a antiga cidade dos subúrbios.
Um fato interessante é que Copenhague está regularmente no topo das pesquisas como um dos “melhores lugares do mundo pra se viver”. Um outro fato é que aqui chove ou neva muito, geralmente a cada dois dias sendo em média 171 dias de chuvas ao ano.
O melhor de tudo é que se você tiver um tempinho sobrando além de conhecer a Dinamarca tem a possibilidade de ir pra Suécia em um bate-volta de um dia. Isso porque desde o verão de 2000, Copenhague e a cidade de Malmo na Suécia são conectadas pela Ponte Øresund que transporta o tráfego ferroviário e rodoviário. Me acompanhe nessa viagem que eu te levo lá também! Em breve vou fazer um post explicando os detalhes sobre Malmo.
2. Roteiro Em Copenhague: Dia 1
Como eu já disse no começo desse post, Copenhague é relativamente pequena e por isso dá para conhecer muita coisa a pé. Eu mesma não peguei transporte público durante minha estadia, a não ser quando viajei para a cidade de Malmo na Suécia, e pra ir e voltar do aeroporto. Então fiz todo meu roteiro a pé e sem nenhum guia turístico, simplesmente seguindo o mapa de bolso que eu peguei no hostel. As principais atrações que visitamos no primeiro dia ficam na Indre By ou Inner City.
Castelo Rosenborg (Rosenborg Slot)
A nossa primeira parada foi no castelo de Rosenborg que ficava na rua logo atrás do hotel. Esse castelo renascentista foi construído no começo do século 17 por um dos reis escandinavos mais famosos, o rei Christian IV.
Originalmente construído para servir de casa de veraneio, ele foi sendo expandido inúmeras vezes até chegar à condição em que se encontra hoje. Para entrar no castelo tem que pagar, mas lá dentro dá para conferir mais de 400 anos de tesouros da arte real e joias da coroa.
O King’s Garden (Kongens Have) que é o jardim do lado de fora, é quase tão famoso quanto o próprio castelo. Esse parque é o mais antigo e mais visitado de toda Copenhague. Uma das partes que eu mais achei bonitas aqui foi o caminho conhecido como Knight’s Path, com duas fileiras de árvores em cada lado do caminho. Aposto que no verão o cenário deve ser ainda mais deslumbrante.
Cidadela De Frederickshvn (Kastellet)
Em seguida caminhamos por cerca de 15 minutos até a próxima parada do dia. A Cidadela de Frederickshvn é uma das fortalezas mais bem preservadas do norte da Europa. Construída em forma de pentagrama, ela foi fundada pelo rei dinamarquês Christian IV em 1626. Hoje em dia os edifícios dentro da cidadela são usados como quartéis e escritórios militares. No entanto é aberto ao público e vale muito a pena a visita, você vai se sentir dentro de um set de filmagens.
Um total de 16 moinhos foram construídos dentro das muralhas de Copenhague para garantir os suprimentos à população em caso a cidadela fosse cercada por inimigos. Nos dias de hoje apenas o moinho dentro da cidadela, o Kastelsmøllen, está em funcionamento. Esse moinho data de 1847 e substitui um moinho de 1718 que foi destruído por uma tempestade.
A Pequena Sereia (Den Lille Havfrue)
Lógico que eu não ia embora de Copenhague sem antes dar uma conferida nesse, que é um dos grandes símbolos da cidade. A estátua da Pequena Sereia fica ao lado do Kastellet, menos de 10 minutos de caminhada.
O conto de fadas da Pequena Sereia foi escrito pelo dinamarquês Hans Christian Andersen. Nele, a sereia desiste de tudo pra poder se unir à um jovem e belo príncipe. Todas as manhãs e todas as noites ela nada do fundo do mar à superfície, onde se senta sobre uma rocha e olha ansiosamente para os lados pra ver se consegue vislumbrar seu amado príncipe.
Carl Jacobsen, o cervejeiro dinamarquês fundador da Carlsberg, teria se apaixonado pela personagem da Pequena Sereia depois de ter assistido uma apresentação de balé baseada nesse conto de fadas no Teatro Real Dinamarquês em Copenhague. Ele então contratou o escultor Edvard Eriksen para criar uma escultura da sereia, que hoje se encontra sobre uma rocha à beira do rio na esplanada Langelinie. A estátua em bronze foi inaugurada em agosto de 1913, porém depois de ter sido vandalizada diversas vezes, a estátua que vemos hoje é na verdade uma réplica da original.
Fonte Gefion (Gefionspringvandet)
Nessa hora decidimos pegar o caminho de volta para o centro pra ir almoçar. Quer dizer, nós estávamos no centro, mas queríamos voltar pra perto do nosso hostel onde tinham opções de restaurante, pois em volta daqui não tem muita coisa.
Da estátua da Pequena Sereia em 5 minutos de caminhada passamos em frente uma grande fonte com uma estátua da deusa nórdica Gefion sendo conduzida por grandes búfalos. Essa fonte foi doada à cidade de Copenhague pela Fundação Carlsberg por ocasião do aniversário de 50 anos da cervejaria.
Ela retrata a história mítica da criação da Zelândia, a ilha onde se encontra a capital Copenhague. De acordo com a lenda, a deusa Gefion “arou” a ilha Zelândia para fora da Suécia. O rei sueco Gylfi teria oferecido à deusa todo o pedaço de terra que ela fosse capaz de arar em um dia e uma noite. Ela teria transformado seus 4 filhos em poderosos búfalos e os fez arar a terra com tanta força e tão profundamente que eles “cortaram” a ilha Zelândia para fora da Suécia.
Igreja De Saint Alban
Logo ao lado da fonte Gefion fica a St Alban’s church que é dedicada ao St Alban, o primeiro mártir da Grã Bretanha. Essa é a única igreja anglicana na Dinamarca, até por isso ela é conhecida como a Igreja Inglesa. Ela foi construída em estilo gótico britânico entre os anos de 1885 e 1887 por conta da crescente congregação inglesa na cidade. Por exemplo, por volta do século 19 grande parte das frotas de navios que passavam pelo estreito de Øresund eram compostas de navios britânicos.
A construção dessa igreja muito se deve aos esforços da filha mais velha do rei dinamarquês Christian IX, a princesa dinamarquesa Alexandra, que foi casada com o filho mais velho da rainha Victoria, o Príncipe de Gales e posteriormente Rei Eduardo VII. Após a consagração da igreja, o príncipe e a princesa de Gales ofereceram um almoço a bordo do navio real Osborne para todos aqueles que estiveram intimamente ligados à realização da igreja.
Museu Da Resistência Dinamarquesa
Logo atrás da igreja ficava o antigo Museu da Resistência Dinamarquesa que foi fechado ao público após um grande incêndio criminoso que ocorreu em abril de 2013. Todos os objetos e arquivos foram salvos, mas o edifício foi extremamente danificado à ponto de ter que ser demolido. Porém outro prédio foi construído no lugar, ou seja, já não é mais esse aí da foto e sim um todo moderninho.
Porém com outro nome, agora se chama Freedom Museum. O museu conta a história da resistência dinamarquesa durante o período de ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como também apresenta um pouco do contexto político desse período e a realidade da vida cotidiana durante a ocupação alemã.
Igreja De Mármore (Marmorkirken)
A nossa próxima parada foi na Marble Church, uma construção impressionante que se destaca entre todas as outras de Copenhague. O que mais me chamou a atenção é a enorme cúpula verde, que é a maior da Escandinávia.
Em 1749 a casa real de Oldenborg celebrou 300 anos no governo do país, para marcar esta ocasião o rei Frederik V decidiu construir uma igreja na nova cidade em honra à Deus e à monarquia absoluta. Tanto a igreja quanto a cidade receberam o nome dele – Frederiks Kirke e Frederiksstad.
Essa igreja demorou aproximadamente 145 anos pra ficar pronta. Acontece que o rei queria uma estrutura muito luxuosa e impressionante por conta da ocasião, com blocos de mármore vindos do leste da Noruega. Isso fez com que o custo da construção aumentasse drasticamente, porém o progresso foi lento pois os recursos financeiros do rei eram escassos. Foi aí que pra piorar, o arquiteto morreu e depois o próprio rei morreu. Nessa, a construção ficou parada por mais de 100 anos.
Foi somente por volta de 1874 que o banqueiro Carl Frederik Tietgen assumiu os custos para a conclusão do projeto, e depois de mais de 20 anos e muitas doações, a igreja ficou pronta. Se você tiver um tempinho sobrando conheça a igreja por dentro, é de graça e a riqueza de detalhes vai te impressionar tanto quanto o lado de fora ou ainda mais. Por dentro, a cúpula é dividida em 12 partes com um anjo esculpido em cada parte. Outra coisa, eu não subi até o topo da igreja, mas aparentemente a vista de lá do alto é uma das melhores de Copenhague.
Palácio Amalienborg (Amalienborg Slot)
Praticamente logo em frente à igreja fica o Palácio de Amalienborg, um dos pontos turísticos mais famosos da cidade. Parada obrigatória pra quem quer conhecer um pouco mais sobre a história de uma das realezas mais antigas do mundo. A família real da Dinamarca ainda reside nesse palácio no centro de Copenhague. Esse palácio foi inscrito em 1993 na Lista Indicativa a Patrimônio Mundial da UNESCO, ou seja, ainda não é um patrimônio mas pode vir a se tornar.
O palácio é constituído de 4 edifícios idênticos: Palácio Christian VII ou Palácio de Moltke, usado como residência de hóspedes; Palácio Frederick VIII ou Palácio de Brockdorff, a casa da família do Príncipe Herdeiro; Palácio Christian IX ou Palácio de Schack, casa da rainha; Palácio Christian VIII ou Palácio Levetzau, usado como palácio de hóspedes para o Príncipe Joaquim e a Princesa Benedita. Nesse mesmo edifício fica o Museu de Amalienborg.
Nessa praça central que fica entre os 4 palácios, todos os dias ao meio-dia acontece a Troca da Guarda Real. Na verdade a gente não sabia o horário exato da troca, então quando chegamos na praça já estava bem no finalzinho da cerimônia. Apesar do frio, de estar caindo uma chuva fina e do tanto de turistas em volta, conseguimos pegar um pedacinho do final da cerimônia. No centro dessa praça se encontra a Estátua Equestre do Rei Frederick V (Rytterstatuen), datada de 1688. Pasmem!
Ópera Real Dinamarquesa (Operaen)
Do outro lado da Praça do Palácio, apenas alguns metros de caminhada chegamos ao cais onde se encontra a majestosa Ópera Real Dinamarquesa. Ela foi projetada pelo arquiteto dinamarquês Henning Larsen e vários outros artistas dinamarqueses contribuíram para sua decoração. A Ópera de Copenhague foi construída em alinhamento com a Igreja de Mármore, de modo que, se você ficar na entrada principal da Ópera, pode-se ver a igreja em uma linha reta exata.
Inaugurada no ano de 2005, ela possui 14 andares e uma capacidade para mais de 1700 pessoas. Essa é considerada uma das casas de ópera mais caras e mais modernas do mundo. Por dentro, o edifício é ricamente adornado com mármore siciliano e folhas de ouro. Aqui eles oferecem apresentações de ópera, jazz, balé e música clássica.
3. Roteiro Em Copenhague: Dia 2
No segundo dia nós saímos novamente a pé pra explorar a cidade, apenas com o mapa de mão que pegamos no hostel. Mas dessa vez fomos para o lado oposto do dia anterior. Durante a manhã conhecemos algumas das outras principais atrações turísticas da cidade que ficam na região mais central, conhecida como Inner City ou Indre By.
Canal De Nyhavn
Ao sairmos de manhã do hostel fomos direto para essa que é uma das principais, se não a principal atração turística de Copenhague. O Canal de Nyhavn foi construído durante o reinado de Christian V, aqui ficava um porto comercial muito movimentado onde navios do mundo todo atracavam. Essa era a área dos marinheiros, prostitutas, pubs e cervejarias.
Hoje em dia as casas antigas foram renovadas e os restaurantes, diga-se de passagem são bem caros, dominam o antigo porto. Pessoas muito importantes da história da Dinamarca moraram nesse canal. Como por exemplo o próprio autor dinamarquês Hans Christian Andersen, que morou no prédio número 67, inclusive tem uma placa comemorativa no lugar. Uma outra curiosidade é que a casa número 9 é a mais antiga da área. Ela foi construída em 1681 e desde então nunca sofreu alteração.
O Canal de Nyhavn é um cartões postais da cidade, com suas fachadas coloridas e barcos antigos ao longo do canal. Nyhavn além de pitoresco, é um excelente lugar para começar ou terminar um passeio. Eu fiquei apaixonada na beleza desse lugar e durante a nossa estadia em Copenhague visitei diversas vezes, tudo aqui é muito lindo e vibrante seja qual for a hora do dia ou da noite.
Torre Redonda (Rundertårn)
A nossa segunda parada do dia foi no observatório astronômico mais antigo da Europa ainda em funcionamento. A Dinamarca ficou famosa por suas conquistas astronômicas graças ao astrônomo Tycho Brahe. Após a morte de Brahe em 1601, o astrônomo Christian Longomontanus se tornou o favorito do rei Christian IV.
O rei então decidiu dar continuidade às pesquisas astronômicas, muito importantes na época pois os países competiam entre si para criarem navegação precisa pelos oceanos. Foi assim que a Torre Redonda foi construída entre os anos de 1637 e 1642. O rei também queria mostrar ao mundo inteiro que ele apoiava a ciência e a exploração da criação.
A Round Tower ou Torre Redonda é um dos principais marcos históricos e um dos prédios mais visitados de Copenhague. A subida até o topo da torre é feita por uma rampa em espiral que se estende por 209 metros, rampa essa que foi construída para ser acessada por pessoas montadas a cavalo. É muito louco, porque parece um corredor infinito. No meio do caminho tem um salão, que já abrigou toda a coleção de livros da universidade, mas hoje em dia tem sido de palco de exposições, concertos e eventos culturais desde sua reabertura em 1987. A vista lá de cima é de 360 graus, compensa a subidinha.
City Hall Square (Rådhuspladsen)
Da Torre Redonda caminhamos por uns 10 minutos pelas ruazinhas de Copenhague, nos apaixonando a cada esquina que virávamos. Essa cidade é puro encanto. Fomos até um outro dos pontos mais fotografados da cidade. Aliás, já falei tantas vezes isso nesse post que estou ficando meio repetitiva, pois são tantos.
A City Hall Square, fica no coração da cidade. Ela é uma grande praça pública localizada em frente ao prédio da prefeitura. Por causa do tamanho e da localização, aqui nessa praça que acontecem muitos eventos, celebrações e manifestações. Ela também é frequentemente usada como marco zero para medir distâncias de Copenhague. Logo ao lado da prefeitura tem uma estátua de Hans Christian Andersen, famoso autor de contos de fadas dinamarquês.
O atual prédio da prefeitura, Københavns Rådhus, foi inaugurado em 1905 inspirado na Prefeitura de Viena. A sua fachada é lindamente decorada, a estátua dourada que se encontra logo acima da sacada é de Absalão, estadista e importante arcebispo dinamarquês, fundador da cidade de Copenhague. A estreita torre de relógio com 105 metros de altura é considerada um dos edifícios mais altos de Copenhague. Muitas das cenas do hospital do filme A Garota Dinamarquesa foram filmadas dentro do pátio da prefeitura.
Strøget
Esse é um calçadão comercial só para pedestres que fica bem no centro de Copenhague. A Strøget se estende por mais de 1km, sendo considerada uma das mais longas de toda Europa. Ela vai desde a praça Rådhuspladsen até a praça Kongens Nytorv.
Aqui tem loja para todos os gostos e para todos os bolsos, desde Zara e H&M até lojas de marcas luxuosas como Prada, Gucci, Louis Vuitton, Mulberry e outras. Entramos na loja de departamentos Illum, não pra comprar nada mas só pra conferir quantos rins cada coisa custava! Brincadeira à parte, uma outra loja que vale a pena conferir na Strøget é a dos famosos brinquedos Lego. Pra quem não sabe a Lego é uma marca dinamarquesa.
Christmas Market
A maioria das pessoas preferem viajar para países da Europa, principalmente norte da Europa, durante o verão. Mas uma das atrações que a gente só encontra no inverno são as feirinhas natalinas. Pra mim a feirinha de Copenhague é a melhor da Europa. Porque ela tem comida boa, vinho quente delicioso e praticamente tudo que a gente encontra em outras feirinhas por aí. Porém ela tem um diferencial: só tem gente linda! 😀 Esse povo dinamarquês é mesmo um povo bonito.
Durante os dias que ficamos em Copenhague, todas as noites visitamos a feirinha natalina na Højbro Plads, localizada bem no centro, pertinho das principais ruas comerciais da cidade. Então seja durante o dia ou durante a noite, a gente estava sempre lá pra tomar um vinho quente e se esquentar um pouquinho entre um passeio e outro.
4. Roteiro Em Copenhague: Dia 3
No terceiro e último dia, caminhamos até o distrito de Christianshavn ou Christian’s Harbour que fica na Ilha Amager. Passamos a manhã conhecendo a comunidade independente Christiania. Depois do almoço voltamos para o centro. No caminho de volta, nessa passamos em frente alguns outros pontos de interesse na ilhota Slotsholmen.
Freetown Christiania (Fristaden Christiania)
Freetown Christiania, também conhecida somente como Christiania, é polêmica. Mas apesar disso, é uma das maiores atrações turísticas da cidade. Quando perguntamos para um dos funcionários do hostel qual era o caminho até Christiania, ele fechou a cara. Disse que lá não tinha nada que ver ou fazer. Que é um local perigoso, com pessoas que andam armadas e usam drogas ao ar livre. Apesar de todo o discurso e o alerta ainda assim ficamos intrigados para ir conhecer esse bairro onde tudo é legalizado (ou quase tudo, pois fotos não são permitidas).
Christiania é uma “cidade livre” e alternativa de Copenhague, estabelecida em 1971 no local onde antes era um quartel militar, como uma alternativa à cultura dominante. É uma sociedade anarquista com suas próprias leis, bandeira e até hino. A bandeira deles são 3 pontos amarelos (representando os 3 pingos do is de Christiania) num fundo vermelho. Enfim, tem muita informação desse lugar na internet e aqui no post eu não consigo colocar tudo, mas vale a pena dar uma pesquisada se você estiver pensando em ir lá.
Na minha opinião, achei Christiania um local um pouco pesado. Você vê algumas casas bonitinhas e crianças brincando, mas no geral o local é meio assustador. Apesar da bela natureza à sua volta, ela tem uma atmosfera meio sombria de lugar abandonado. Nós ficamos absolutamente em choque quando chegamos na praça principal e vimos as lojinhas vendendo muita droga e ao lado um café onde uma galera parecia estar usando droga ao ar livre em plena luz do dia.
De fato Christiania é no mínimo bem diferente de tudo que você já viu por aí e se você é curioso ao extremo como eu, garanto que você não pode deixar de conhecer. Mas por favor, fique bem atento às regras e jamais, por razão nenhuma use sua câmera fotográfica ou seu celular pra tirar fotos. A não ser em locais permitidos. As pessoas lá não aceitam ser filmadas, se te deixam entrar pra conhecer a comunidade numa boa o mínimo que você tem que fazer é respeitar a regras. Apesar de tudo, não precisa ter medo, o local é seguro e ninguém vai mexer com você.
Antiga Bolsa De Valores (Børsen)
No nosso caminho de volta da Christiania para o centro de Copenhague, atravessamos a ilhota Slotsholmen. O primeiro prédio que vimos foi o da antiga Bolsa de Valores, um dos edifícios mais antigos de Copenhague.
O edifício foi erguido em 1625 pelo rei Christian IV, porque os negócios e o comércio da cidade estavam expandindo consideravelmente. Na época da sua inauguração a Bolsa de Valores era cercada por água, possibilitando assim o descarregamento de mercadorias diretamente no cais da frente.
O que mais me chamou atenção nesse edifício foi a torre espiral acima do telhado. As caudas de 4 dragões estão entrelaçadas e acima delas as 3 coroas representam o império escandinavo (Dinamarca, Noruega e Suécia). O edifício agora serve como sede da Câmara de Comércio Dinamarquesa.
Palácio Christianborg (Christianborg Slot)
Logo mais em frente da Børsen fica o Palácio Christianborg. Um primeiro castelo foi construído nesse local em 1167, outros edifícios foram adicionados no século 15. O palácio de hoje já é o quinto a ser construído no local. Ele é resultado de uma série de castelos e palácios que serviam de residência para alguns dos principais reis dinamarqueses. Partes do palácio ainda são usadas pela Família Real para várias funções e eventos.
É aqui que se encontra o Parlamento Dinamarquês, o Supremo Tribunal Federal e o Ministério do Estado. É portanto lar dos 3 poderes supremos: o legislativo, o executivo e o judicial, sendo considerado o único prédio no mundo que abriga os três poderes simultaneamente.
5. Restaurantes Em Copenhague
Hyttefadet
Depois de bater muita perna pela cidade, voltamos para a área de Nyhavn e o que mais tem aqui é opções de lugares pra comer que fica até difícil decidir. Nossa escolha foi o restaurante Hyttefadet.
Quem vai pra Copenhague não pode deixar de experimentar uma de suas comidas típicas que é o sanduíche aberto conhecido como smørrebrød, eu peguei o de rosbife com ovo frito, bom demais! Me arrependi de não ter provado outros sabores porque esse aí não encheu muito minha barriga. Pra acompanhar eu peguei a cerveja dinamarquesa Carlsberg, uma cerveja local que é bastante conhecida no mundo todo.
O preço pode não ser o mais em conta da cidade mas devido à sua localização ainda assim achei bem justo. Não tem nada melhor do que sentar nas mesinhas do lado de fora e beber uma cervejinha, admirando o canal e observando as pessoas.
Eros
Na noite que chegamos, por não conhecer muito os lugares legais onde comer na cidade, procuramos por algumas indicações de restaurantes no site da Trip Advisor. Antes de sair do hostel eu li as avaliações de vários restaurantes próximos da gente e anotei pelo menos 2 ou 3 opções pra garantir que se um não tivesse mesa vazia ou qualquer outro imprevisto, eu teria outras opções também.
Fomos conferir o restaurante Eros pois era próximo de onde estávamos e as opções de pratos nos agradava. O local é bem pequeno, a comida é cosmopolita e o preço bem razoável. Eu aproveitei para experimentar a Tuborg, uma cerveja dinamarquesa. Ótima opção pra um jantarzinho simples à luz de vela ou pra quem está procurando um lugar mais tranquilo sem muita badalação.
6. Hospedagem Em Copenhague
Generator Hostel
Como eu realmente só indico quando eu gosto do lugar, o hostel que eu fiquei em Copenhague é uma opção pra galera mochileira que viaja com o orçamento contado assim como eu. Se chama Generator Hostel, é uma rede de hostels com unidades nas principais cidades europeias como Berlim, Barcelona, Londres, Veneza, Amsterdã entre outras.
Eu só posso falar da unidade em Copenhague pois é a única que eu conheço, mas super indico. A começar pela localização, é bem central dá pra fazer muita coisa a pé, fica próximo também de vários restaurantes e cafés. Os funcionários falam inglês, são simpáticos, pacientes e prestativos. No geral o espaço do hostel é bem grande e tem varias áreas pra socializar com a galera, como por exemplo no bar, no restaurante, no terraço ou no lounge room.
7. Informações Adicionais
Você tem mais dias na cidade e quer conhecer outros lugares? Que tal passear no Tivoli Park, explorar o museu nacional Nationalmuseet ou ir conhecer a Fábrica da Carlsberg? Agora que você já conheceu os principais pontos turísticos da cidade, por que não pegar um passeio de barco e ver tudo de um ângulo completamente diferente? Outra ideia é alugar uma bicicleta e passear pela cidade sem pressa.
Seja de barco, de bicicleta ou a pé, o fato é que eu tenho quase certeza que você também vai se apaixonar por Copenhague assim como eu me apaixonei. ♥
Veja todos os posts da Dinamarca no Mais Um Destino.
Muito legal! Parabéns pelo post! Cheio de dicas e otimas sugestões para passear! Copenhagen é realmente muito charmosa e apaixonante!
Obrigada pelo seu comentário Mayta. Se uma residente de Copenhague aprovou o post, então tá aprovado… espero poder voltar em breve. 🙂
Fantástica Nádia suas dicas de Copenhague, capital da Dinamarca!! Você sempre valorizando todos os lugares por onde passou e melhor ainda passando tudo de uma maneira bem simples pra quem deseja conhecer esses lugares. Beijão Nádia.
Eu sou muito grata por cada cantinho desse mundo que eu conheci. 😉
Parabens! Que lindas todas as fotos e informacoes tao importantes sobre um pouquinho deste lindo pais, Dinamarca. Beijo.
Obrigada você por me acompanhar nessa viagem maravilhosa!